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O Cuzarí
O Cuzarí

O Cuzarí

SKU: LVR0058

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Na busca pelo caminho certo a seguir, o rei dos cazares convida representantes de várias religiões a fim de escolher a mais adequada de todas. Como todos mencionam negativamente o judaísmo, ele acaba convocando também um sábio judeu com quem passa a dialogar e a descobrir os mistérios da fé judaica. Este é o tema desta obra-prima da literatura clássica judaica, O Cuzarí, do Rabino Iehuda Halevi, erudito que viveu na conturbada Espanha do séc. XI.

No livro, para apresentar as suas ideias, o Rabino Iehudá Halevi recorreu às disputas religiosas entre judeus e cristãos na Idade Média, na quais representantes das diferentes religiões eram convocados a se apresentar perante a corte real, onde debatiam publicamente sobre a veracidade de suas respectivas religiões.

A discussão seguia o formato de um debate com perguntas, respostas, réplicas, e tréplicas.
Porém, no “O Cuzarí”, a tensão do debate é dissolvida logo no começo, antes mesmo de os representantes das distintas visões abrirem as suas bocas. O simples fato do Rihal ter escolhido o reino dos Cazares como palco da disputa, e o rei deles como juiz, já prenuncia a vitória da visão judaica no debate.

A história do reino dos Cazares, que se converteu ao judaísmo, era bem conhecida na época em que o Rihal escreveu o seu livro. 

O reino dos cazares, cuja capital era a cidade de Itil, às margens do Volga, estendia desde esse rio e as montanhas do Cáucaso até o Mar Negro e o Mar Cáspio, e controlava a “rota da seda” e outras rotas comerciais que conectavam a Europa à Índia e ao extremo oriente. Aparentemente, foi a partir de caravanas que percorriam essas rotas que o judaísmo chegou à Cazária e conquistou o coração de seus soberanos. Posteriormente, eles converteram todos os seus súditos ao judaísmo e o adotaram como religião oficial.

Portanto, quando o Rihal apresenta o seu livro como uma discussão inter-religiosa que ocorreu na corte cazária, ele preenche um “buraco negro histórico” e propõe uma “resposta” ao mistério da conversão dos cazares ao judaísmo e, ao mesmo tempo, garante aos leitores o inevitável desfecho positivo da história.

A história garantiu ao “O Cuzarí” o título de uma obra brilhante e fundamental entre os clássicos da filosofia judaica, ao ponto de o Gaon de Vilna dizer que “o O Cuzarí é um livro santo e puro. Os princípios da fé de Israel e da Torá dependem de seu estudo”.
Dentro desta visão e a pedido do editor por ocasião de minha visita ao Brasil, escrevi alguns breves comentários, espalhados pelo livro e na forma de “pergunta e resposta”, que sintetizam algumas das principais ideias do livro, a fim de que você, leitor, possa ter uma noção bastante geral do que trata esta linda obra.

Veja uma amostra abaixo.